os semáforos têm um dom, oferecem-nos a oportunidade de parar. Hoje do semáforo vi uma fotografia que não foi tirada mas que intitularia retrato da infelicidade.. talvez seja preconceito, espero bem que sim, mas a senhora não estava a fumar um pensativo cigarro, nem um saboroso cigarro, nem um sensual cigarro, nada disso, fumava um cigarro infeliz.

um post fora do sítio para mais tarde recordar

• 1571 - Johannes Kepler, German astronomer (d. 1630)
• 1654 - Jacob Bernoulli, Swiss mathematician (d. 1705)
• 1822 - Louis Pasteur, French scientist (d. 1895)
• 1901 - Marlene Dietrich, German actress and singer (d. 1992)
• 1948 - Gérard Depardieu, French actor
• 1952 - David Knopfler, British musician
• 1977 - Jose Marques, Portuguese whatever

Se há um ano atrás me queixei que a primeira mensagem de aniversário foi da minha gerente de conta, este ano deu-se o caso de terem sido duas as primeiras mensagens com que o banco, por intermédio de senhoras distintas, me congratulou pelo meu aniversário (via sms... graças ao fuso horário pude receber o primeiro telefonema às 11 horas da noite de dia 26).

Significa isto que é tempo de avaliar bem para que me serviu este ano para além de acumular algumas poupanças. Considero-me (-te ) um felizardo por aniversário e passagem de ano serem tão próximos, permitindo que este olhar retrospectivo tenha que ser feito (lido) apenas uma vez por ano.

Enquanto reparava que nada de realmente novo ou significativo aconteceu ou produzi (neste ano que segundo o meu sabido avô terá sido o último dos vintes), reparei também que muitas coisas acontecerão nesta entrada dos trinta... (isto tudo segundo o meu avô que sempre achou, e com alguma razão, que no que respeita a idade estamos sempre um ano à frente daquilo que queremos admitir).. foi por isso que acabei por concluir que este foi um ano de preparação... de preparação e de estação. Estive, estive por cá e com cá, e pude estar com cá um número invulgar de vezes, graças a muitos pedaços de fins de semana familiar, graças a um número invulgar de casamentos (e preparações de casamentos que são uma óptima desculpa para juntar com cás) e de casas de amigos que foram sendo montadas (e que são belas salas de estar).
Talvez um ano pouco ambicioso... pouco ambicioso e muito egocêntrico que tentei disfarçar com a oferta de uma mesa, uma estante e um frigorífico, que não eram meus, ao centro de acolhimento João Paulo II. O centro funciona na Igreja de S. José e dá apoio a 435 famílias... Tem uma janela por onde se pode anonimamente oferecer roupa daquela que já não usamos porque, quer queiramos quer não, não cabemos nela... e caberemos ainda menos daqui a um ano, mas jeito jeito dava um pouco mais de comida dizem... e apoio para o pagamento de rendas. O melhor será, num ano menos ego, passar e perguntar.

gosto do natal porque é culturalmente aceite desejarmos tudo de bom a um estranho.

Não foi bem o planeado, não houve valsa lenta ou misteriosa chama da rainha loana que me preparassem devidamente para o que encontrei, tive pena de não contar mais, havia muito mais para contar, mas fiquei tão extasiado com o olhar que por momentos me esqueci que esse era o sentido que não podias usufruir.

é oficial, se não descobrirem no meu passado um cadastro judicial que eu desconheço, esta será a minha próxima cidade casa... e assim ando feliz e contente, também porque um mau filme por coincidência me fez ler sem parar um bom livro cor-de-rosa.

um blog que tenho visitado quase diariamente apenas porque a escrita inteligente assim o quer..

Um belo livro sobre o novo riquismo em que fica bem claro que angola e portugal são países irmãos. No entanto, novo riquismo à parte, o que me perturbou foi sentir que predadores estamos todos a um passo de ser.. e não tem que ser sempre um passo activo, somo-lo de cada vez que não somos exigentes com as possíveis consequências dos nossos actos para todos os que nos rodeiam. Não era bem isto que queria dizer, no fundo o que senti é que tanto é predador aquele que tem sede de poder e para tal não olha a meios como aquele que tendo algum , ainda que pouco, poder se deixa naturalmente embevecer por ele perdendo a sua rebeldia, deixando de se aperceber que é um previligiado e que isso (e aqui me confesso) nos traz obrigações acrescidas. Ainda mais triste é ao ler o livro sentir que "os bons" de tão bons que são, certametne não são reais... Seriam eles bons demais por culpa do escritor ou enviesamento do leitor?

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Nunca escrevi nada de tão obsceno neste blog quanto o título deste post, mas quando tinha 7 anos não me envolvi num chat escaldante com um mulherão de bossom farto através de uma internet que na altura não existia.. e ainda que me tivesse envolvido podia ter posto tudo num filme que segundo as autoridades é adequado a todas as idades... por isso sinto-me no direito, e não acho que ofenda ninguém com um inocente ))<<>>((
A verdade é que a vida nos dias de hoje é complexa, por vezes surreal, e para muitos é solitária, e por isso é natural que por vezes pensemos que para a salvar bastaria uma mão em chamas... mesmo que com gasolina em vez de alcool (que como todos nós sabemos arde mas não queima ao contrário do líquido para isqueiros.. e ainda que seja o último, terá valido a pena, não é todos os dias que salvamos as nossas vidas). E quer queiram quer não, a sopa daqui a vinte anos não será digitalizável, por isso investir as poupanças numa varinha mágica que usaremos adqui a vinte anos é sensato.