Nuvem que passa no céu
Dize a quem não perguntou
Se é bom dizer a quem deu:
"O que deste, não t'o dou eu".
Fernando Pessoa

Tenho um calendário/poemário poisado nos cubos ao lado da porta de saída, que todos os dias tem uma folha que sai pela porta entre as 8.15 e 8.30 e se dirige para o metro.. coitada, na maioria dos casos parece que vai sozinha, tão incompreendida é... hoje porém veio acompanhada, e por isso fica aqui.

NOTA: já outras eram para aqui ficar... mas tenho tido uns problemas com o blogger que só se deixa encontrar quando quer.

memento para um dia destes.

por o rolo na maquina fotográfica tirar umas fotografias:
-ao telhado do prédio em frente tem umas chaminés que ao pequeno almoco criam umas sombras etcherianas que me fazem por instantes acreditar que, aqui, o sol nasce abaixo da linha do horizonte;
-à torre logo à saída da Rua de Maupas onde, ao contrário de todos os outros edifícios, bate o sol de manhã;
-tirar fotografias às pontes sobre flon (flon não é um rio como maior parte das coisas sobre as quais pasam as pontes, flon é um bairro...) especificamente a que de manhã me leva ao elevador para o metro e que à noite de lá me tira em direccão a casa... é uma ponte feia... ou bem urbana, mas tem sempre gente e permite olhar para uma cidade para a qual não consigo disfarcar um sorriso tanto de manhã como à noite...

vá lá... o que é que preciso dizer mais... então... quem dá um passo à frente!

por aqui referenda-se tudo, pelo menos todos os meses há um referendo novo. A grande questão que se coloca neste momento é a de regressar a um sistema de seguro de saude único e para todos para assim travar a escalada de precos nas mensalidades (aconselho especialmente a lerem a tabela do lado direito). Por exemplo, eu que sou conhecido por ser um rapaz poupado, vou optar por um dos sistemas mais baratos a curto prazo, são 125 euros mensais que me dão direito a ter tratamentos gratuito após ter já gasto 2000 euros em consultas e tratamentos... e só contam os 2000 euros que forem gastos em consultas realizadas com o consentimento da minha seguradora, consentimento esse que está à distância de um telefonema no qual lhe poderei expor todos os meus sofrimentos.

enquanto passeava pelas ruas de geneva e olhava para as muitas vitrines não pude deixar de me perguntar qual seria a estória por de trás de alguns daqueles diamantes.. há filmes assim, que põe o nosso estilo de vida em causa... mesmo quando diamantes são algo que nunca nos atraiu.

Depois de uns dias sem conseguir aceder ao blog venho aqui anunciar que se confirma, o "le guet" existe mesmo.. e no final, não este mas sim o de verdade, agradece a atencao de quem por ali estiver.

Em casa minha as portas do armário nunca ficam abertas.

Segundas-feiras de semanas ímpares são dias sair mais cedo... são dias de lavar a roupa... muita roupa...

a casa comeca a ganhar forma e o sofá já nao é só um sofá.